sexta-feira, 15 de julho de 2016

Nítida Colina - Marcela Richter

Nítida colina 
Onde o barro se faz pranto,
Meu caminhar calmo silencia.
Afunda em meu olhar
O magnético azul do horizonte
Com olhos sempre novos,
Renascerei.
A vocação dos rios
É encontrar o eterno
No movimento de cada instante.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Enredo - Eliane Macedo

Desenreda o novelo,
Acha o fio da meada,
Puxa um fio para frente,
Depois para trás.
E de repente
O enredo da lã se desfaz.
Assim como na vida
É preciso ter paciência,
Analisar cada jogada
Para enfim ter paz.

Às vezes - Léo Ottesen


Às vezes o santo não bate.
Às vezes o signo não bate.
Às vezes o sexo não bate.
Às vezes a sintonia não bate.
Às vezes o sentimento não Bate.

Mas às vezes
Só às vezes
Tudo bate.
E a gente apanha sorrindo.


Onde nascem os poemas? - Estela Chaplin


Onde nascem os poemas?
Nas dores d’alma?
Na solidão dos corações?
Nas mazelas da vida?
No calor das paixões?
Na lembrança querida?
Na paisagem que acalma?

Onde nascem os poemas?
Pouco importa!
Se no pranto
Ou na alegria
Experimentados.
Abrem-se as comportas
E jorram por todos os lados.
Ei-los: natos.

Impermanência - Paula Canabarro

Voa...
Leve e alto
Sem medo de cair
Sem medo de não sentir
O que antes te fez nó 
Segue...
Em frente e distante 
Muda teu horizonte 
Não temas não voltar atrás 
Já pouco importa o que ficou
Foi preciso te despedaçar
Te tornar ausente
Deixar de te doar
Desperta-te...
Livre e serena
Não faças da tua vida pequena 
A semente se transformou
Com amor ou com dor
O ontem não verás mais
Agora o que já não és
Te faz mais forte para o que virá.

Mangas - Paula Liaroma

Manga é minha fruta preferida,
Mas gosto das maduras
As verdes são duras e amargas
As maduras são macias,
Cheirosas e com sabor excelente

Nada mais libertador e animal
Do que comer uma manga
Com sofreguidão indecente
Mesmo que isto nos custe
Alguns fiapos entre os dentes.

Saudade - Lilian Ney


Ali mesmo naquela Esquina
De olhares afoitos
Mãos inquietas
Um beijo
Só um beijo
E um longo adeus
Ainda escorrendo
       Na faixa de pedestre

Um novo Amanhecer - Cláudia Borges


Sempre há de brilhar,
Sempre hei de sonhar,
Sempre, sempre no ar.
Um novo dia vai despontar,
Sempre há de mostrar,
Sempre hei de olhar,
Sempre, sempre sonhar.
Um novo dia, após a noite, vai se Mostrar,
Sempre irão se olhar,
Nunca irão se tocar: o sol e o Luar.
Um novo dia terá de haver,
Sempre terá de florescer,
Sempre sem esquecer
De sempre, sempre viver.
Novamente o sol há de brilhar,
Sempre hei de olhar,
Sempre hei de sonhar
Sempre, sempre, até se acabar.

Parceiros: Grupo Vocal da Escola Bibiano de Almeida

O Grupo Vocal da Escola Bibiano de Almeida, atualmente, é composto por 15 componentes e formado por professoras, algumas na ativa e outras aposentadas. O grupo é regido pela professora Maestrina Márcia Granada. A história do grupo teve início em 2004, com a comemoração dos 90 anos da escola, a convite da diretora da época, professora Elaine Espina, que almejava uma comemoração com um festival artístico, com todos os seguimentos dos funcionários. Foi decidido que os professores cantariam o Hino da Escola, escrito por Jorge Salis Goulart, em 1919. Em maio de 2005, a convite da professora Maria Elizabeth Müller, os professores resolveram formar um grupo para cantar. E assim foi formado o Grupo Vocal Bibiano de Almeida. Hoje, o grupo é convidado a se apresentar em diversos lugares: bibliotecas, aniversários de amigos, a convite da Prefeitura Municipal, Festival Artístico, Missa de formatura, Loja Vanguarda, Fearg, Loja Maçônica, Receita Federal e outros. O grupo de professoras que cantou o hino da escola na primeira apresentação, há onze anos, permanece cantando junto. No grupo vocal, até a data de hoje, as professoras: Maria Elizabeth Müller, Eliane Fialho Rosa, Maria Odete Zanota, Arlete Rosa, Suzel Canary, Edna Vieira, à exceção de Genaida Porto. O repertório do Grupo Vocal Bibiano de Almeida é variado com música popular brasileira. Cantam: Adoniran Barbosa, Elis Regina, Roberto e Erasmo Carlos, Raul Seixas, Ivete Sangalo, Vinicius de Morais, e Tom Jobim. O grupo mantém muita alegria em estar unido e a cantar os mais diversos ritmos e canções que alegram os corações. Hoje, compõem o grupo as professoras: Cláudia Borges, Glair Cabreira, Sedileni Medeiros, Rosita Oliveira, Eliane Fialho Rosa, Maria Elizabeth Müller, Maria Odete Zanota, Arlete Rosa, Suzel Canary, Elaine Espina, Divany Acosta e Vanda Alves.







Sarau em homenagem a Vinicius de Moraes

O primeiro sarau realizado pela SPP aconteceu no dia 17 de junho de 2016, às 19h, na Livraria Vanguarda do Shopping Partage. O homenageado foi o escritor Vinicius de Moraes. O evento contou com a participação das escritoras Andréia Pires, Joselma Noal e Andrea Muller. 

Andrea Muller

Andréia Pires

Joselma Noal
O público também foi agraciado com as lindas apresentações do Grupo Vocal do Bibiano de Almeida e do músico William Tavares. 

Grupo Vocal do Bibiano de Almeida

William Tavares
Attila Louzada, Letícia Chaplin e Mário Luvielmo foram alguns dos participantes do espaço livre, momento onde o público pode ler uma poesia autoral ou do poeta homenageado.

Mário Luvielmo

Attila Louzada

Letícia Chaplin
A Sociedade dos Poetas Papareias agradece ao público que prestigiou o sarau, aos participantes e à Livraria Vanguarda pela cedência do espaço.

Sociedade dos Poetas Papareia

Participação no 3° Literarte da Furg

No dia 31 de maio de 2016, a SPP fez sua primeira aparição pública. As poetas Lilian Ney, Paula Liaroma, Estela Chaplin e Claudia Borges leram poemas autorais e convidaram o público para o Sarau em homenagem a Vinicius de Moraes.




1° Encontro

A Sociedade dos Poetas Papareias foi criada em 17 de abril de 2016. Projetos e possíveis participantes foram o tema do 1° encontro. Participaram da reunião as associadas Paula Liaroma, Lilian Ney e Paula Canabarro e os convidados Ewerson Porto e Célia Pereira. O objetivo do grupo é promover o aperfeiçoamento dos participantes, a pesquisa e a divulgação da poesia na cidade do Rio Grande