segunda-feira, 14 de maio de 2018

Irio Rodrigues, o poeta pobre

O POETA DOS POBRES 


Sou o poeta dos pobres,
Dos tristes, dos desgraçados,
Dos que vivem abandonados
Pelas ruas a vaguear.
Dos que não têm guarida
Nem um prato de comida
Pra poder se alimentar.

Dos que dormem aí na rua
Em noites frias, sem lua,
Sem ao menos um cobertor
Que lhes sirva de agasalho
A mercê do frio do orvalho,
Tudo por falta de amor.

Dos pobre doentes e estropiados,
Do coxos, dos esfomeados,
Dos que passam em provação
Das criaturas esquecidas
Que andam a morrer em vida
E que são nossos irmãos.

Dos que passam a vida inteira
Remexendo nas lixeiras
A procura de um pão
Para mitigar a fome,
Crianças, mulheres e homens
Levando vida de cão.


Mais em: http://www.iriorodrigues.furg.br/index.php/component/content/article?id=10

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Versos da'lvorada - Aline Mendes


Eu escrevo
Embalada pela hipnose sonora da manhã
Pelo acordar calmo dos sonhos recém sonhados
Pelo calor leve dos raios solares

Eu escrevo
Escrevo sobre amor e sobre teu nome
Nesses versos da'lvorada

Eu sinto o cheiro das flores tocadas pela noite
Eu te vejo - nesses traços matinais...
Na feição leve do cotidiano que chega
Na solidão aguda da minha cama vazia.

Eu te amo mais
a cada dose de café que eu tomo.


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

1ª MOSTRA DE TEXTOS NATALINOS

          
COMO PARTICIPAR 


I - Cada participante poderá inscrever-se com um texto em prosa ou uma poesia. É facultado participar nas duas modalidades, porém, somente com um texto em cada uma delas. Com tema de NATAL, a poesia poderá ter no máximo vinte versos (linhas) e a prosa, apenas uma lauda (trinta linhas), digitadas em fonte “Times New Roman,” tamanho 12, espaço 2. 


II - Como inscrever-se: digite seu texto conforme as exigências do item anterior, identifique-o com seu nome completo, endereço, telefone e remeta-o, até dia 5 de dezembro, direto ao coordenador, Marcos Costa Filho, no seguinte endereço: 



III – Os autores ao candidatarem-se como participantes, assumem como de sua a autoria dos textos apresentados, desobrigando a organização do evento de qualquer comprometimento com direitos autorais. Automaticamente será eliminado qualquer texto, prosa ou verso se flagrado em plágio. 


IV – Uma comissão composta de poetas e escritores papareia, receberá do coordenador os textos, sem identificação, para o trabalho de avaliação e posterior seleção. 


V – Premiação: Serão selecionados cinco textos em prosa e cinco textos em versos que ficarão em exposição na loja da Livraria Vanguarda e seus autores receberão certificados de participação e o troféu: LIVRARIA VANGUARDA PRIMEIRA MOSTRA DE TEXTOS NATALINOS. Todos os participantes receberão certificados. 


VI – A revelação dos classificados será feita no 1º SARAU DE NATAL DA LIVRARIA VANGUARDA, que realizar-se-á dia 16 de dezembro, às 19 horas, em seu salão de eventos no Partage Shopping, aberto ao público. 


O concurso tem o apoio da Livraria Vanguarda do Partage e da Sociedade dos Poetas Papareias.


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Se eu morresse amanhã... - Fernanda Johannsen

Se eu morresse amanhã...
Gostaria de viver meus últimos segundos intensamente;
Gostaria de demonstrar o Amor que sinto pelo mundo e por todos que me cercam:
amigos,
família,
amor,
união.
A dor desta separação
Não queria ver sofrimento,
só felicidade
Nada de tormento
Ouvir o soprar do vento
Lembranças de cada momento:
único,
inesquecível.
Seguiria em paz,
feliz!


Se eu morresse amanhã...
Encontraria minha alma
Na claridade
Viveria no céu,
em volta dos arcanjos
Ouviria o som tranquilo das harpas
Nada de escuridão,
só sossego,
harmonia,
em meu coração.
Sentiria falta de todo meu passado,
Mas o futuro me aguarda
Chega à hora
De eu ir embora
Pra viver um mundo melhor
Doce esperança
Ah...se eu morresse amanhã!



sexta-feira, 15 de julho de 2016

Nítida Colina - Marcela Richter

Nítida colina 
Onde o barro se faz pranto,
Meu caminhar calmo silencia.
Afunda em meu olhar
O magnético azul do horizonte
Com olhos sempre novos,
Renascerei.
A vocação dos rios
É encontrar o eterno
No movimento de cada instante.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Enredo - Eliane Macedo

Desenreda o novelo,
Acha o fio da meada,
Puxa um fio para frente,
Depois para trás.
E de repente
O enredo da lã se desfaz.
Assim como na vida
É preciso ter paciência,
Analisar cada jogada
Para enfim ter paz.